O impacto da rotina acadêmica na saúde mental e física de 400 estudantes de graduação da Universidade Federal de Sergipe (UFS) está sendo acompanhado por pesquisadores da instituição desde o final do ano passado.
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A pesquisa busca entender a relação entre estilo de vida e a saúde mental dos estudantes. Por isso, eles serão acompanhados desde o ingresso até a conclusão da graduação após quatro anos de curso.
O projeto "University Students Lifestyle and Mental Health (Unilife-M)" acontece simultaneamente, por meio de um mesmo protocolo de avaliação, em mais de 50 universidades em 20 países ao redor do mundo.
O professor Danilo Rodrigues, do Departamento de Educação Física (DEF) e do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), coordena a pesquisa de abrangência internacional na UFS.
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“Esperamos detectar, ao longo dos quatro anos, mudanças no estilo de vida e como essas alterações podem ter relação com incidência de problemas de saúde mental,” afirma o professor.
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“Pretendemos ainda identificar como a combinação de diferentes comportamentos, tidos como de risco, aumentam as chances os indivíduos a terem problemas de saúde mental”, conta o pesquisador.
A primeira fase da pesquisa envolve a aplicação de um questionário sobre dados socioeconômicos e, em seguida, a realização de exames laboratoriais com a coleta de amostras de sangue, cabelo e saliva.
A segunda fase, por sua vez, consiste na realização de testes físicos de força e velocidade entre os estudantes na quadra do Ginásio Poliesportivo da UFS.
“A partir do questionário socioestrutural, colhemos informações acadêmicas, sociais, de estilo de vida e sobre saúde mental. Com os exames laboratoriais, buscamos avaliar alguns biomarcadores inflamatórios”, destaca Laura Castro, mestranda em Ciência da Saúde da UFS.
Os dados iniciais do primeiro ano de levantamento, de acordo com o professor Danilo Rodrigues, já confirmam uma alta prevalência de problemas de saúde mental associados ao estilo de vida entre os universitários.
“Acredito que isso não é exclusividade da nossa universidade, isso é algo que acontece em geral. Esperamos que, com base nisso, criemos mecanismos e identifiquemos variáveis para que possamos reduzir o estresse psicológico que os alunos passam”, aponta o pesquisador.
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“Essas intervenções também pode constribuir para diminuir a probabilidade de as pessoas ao longo do ciclo da universidade terem problemas de saúde mental”, acrescenta Danilo Rodrigues.
Josafá Neto e Demétrius Oliveira
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