“Atuar para a concretização dos valores assentados na Constituição de 1988 e nos tratados sobre direitos humanos”. Esse é o objetivo da Liga Acadêmica Direitos Humanos e Democracia da UFS (LDHDEM).
Feita por estudantes e para estudantes, com a coordenação da professora do Departamento de Direito (DDI) Adrea Depieri, o projeto visa a estudar e debater questões com mais profundidade para além daquilo que os discentes do curso de Direito podem ver nas aulas - como questões de sistema penal, de processos, de direitos civis, direitos fundamentais etc.
“Entendemos que a defesa plena dos direitos é universal e pode ser realizada em qualquer área. Como somos do DDI, a maioria dos estudantes são do curso de Direito, mas divulgamos o máximo possível e buscamos integração com pessoas de outros cursos. Acreditamos que todos devem ter acesso a esses estudos para que possam se conscientizar e cada um aplicar em sua área”, diz o estudante Pedro Moreira, presidente da liga.
O projeto desenvolve-se a partir de três pilares: ensino, pesquisa e extensão – especialmente focando na educação, a fim de que haja uma implementação de uma cultura plena de direitos dentro da comunidade acadêmica e em toda a sociedade. Busca-se também capacitar as pessoas, fornecendo material de pesquisa e realizando atividades abertas ao público em geral.
“Esse foi o nosso primeiro ano com membros efetivos - pessoas que passaram por um processo seletivo e entraram no projeto. Nós fizemos um ciclo de formação com cinco eixos temáticos e palestras com professores com temas sobre os direitos humanos e democracia. A intenção foi criar um lugar para desenvolvermos as nossas atividades”, acrescenta.
“Essa proposta está relacionada não somente aos recentes ataques que as democracias vêm sofrendo, em um processo de desconsolidação que atinge vários países, mas também está de acordo com o que tem sido chamado de implementação de uma cultura plena de direitos. A ideia é que, para que os mandamentos constitucionais da democracia e proteção aos direitos humanos possam se concretizar, é necessário que a população reconheça uma cultura plena de direitos”, explica a professora Andrea.
Ações nas redes sociais
Os processos seletivos para participar da liga ocorrem anualmente e todas as informações são divulgadas na página oficial do projeto no Instagram. No canal do YouTube o grupo promove lives com temas como segurança pública, desafios na educação, liberdade religiosa e diversidade sexual. Traz ainda curiosidades históricas e indicações literárias.
“A defesa dos direitos humanos é uma tarefa árdua e constante, então dependemos de uma educação em direitos humanos, que inclusive não precisa ser realizada nos moldes tradicionais. Acredito que além dos debates que temos atualmente nas redes sociais, por exemplo, precisamos de uma metodologia ativa que possa contribuir para educação em direitos humanos, porque isso é fundamental para que todos possam compreender o funcionamento do estado democrático de direito”, explica Pedro.
Milena Alves (Estágio Supervisionado em Jornalismo)
Luiz Amaro (edição)
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