A utilização de 80% da exigência de proteína, vitaminas e minerais favorece muito mais o crescimento das aves caipiras do que utilizar os extremos de 90 ou 70%. Essa foi a conclusão do projeto de extensão “Manejo nutricional para aves caipiras”, desenvolvido pelo professor do Departamento de Zootecnia (DZO) Claudson Brito.
“Nós sabemos que o estado de Sergipe é bastante criador, tem muitos criadores de aves caipiras, principalmente voltadas para a produção de carne. E sabemos que temos várias linhagens que podem ser utilizadas na produção de carne. Então queríamos entender de que maneira a nutrição impacta positivamente o crescimento dos animais”, diz.
Sobre a técnica, ele explica que foram utilizados três níveis de alimentação. “O que fizemos foi aplicar três nutrições, ou seja, três níveis nutricionais sobre esses animais da linhagem Vermelho Pesadão, buscando entender de que maneira isso poderia melhorar ou não o crescimento. E ao longo de noventa dias nós observamos esses animais em crescimento”.
O projeto foi desenvolvido no campus Rural, em São Cristóvão. “Temos um galpão onde ofertamos alimentação, água e um piquete para que os animais possam caminhar, fazendo aí as suas atividades diárias. Durante esses noventa dias nós ofertamos uma ração preparada à base de milho, soja, nutrientes, vitaminas e minerais em três diferentes níveis e fomos pesando semanalmente, avaliando o consumo”, informa Claudson.
Os resultados mostram que a assistência ajuda no incremento da produção, gerando uma melhor conversão alimentar, com uma carcaça de qualidade e, consequentemente, um menor custo de ração.
“Ao final desses noventa dias observamos que as aves que consumiram 80% da exigência nutricional apresentaram melhor resultado do que as que consumiram 90%, assim como também daquelas que consumiram 70%. Chegamos à conclusão de que usar 80% da exigência de proteína, vitaminas e minerais favorece muito mais o crescimento dessas aves do que se utilizássemos os extremos de 90 ou 70%”, esmiúça o professor.
Ainda segundo o docente, o projeto “traz para Sergipe uma oportunidade imensa sobre como produzir com menor custo e melhor qualidade. Portanto, além de trazer informação nova, diferenciada para os produtores locais, o projeto possibilitou que os alunos envolvidos pudessem, obviamente, acompanhar o manejo diário de como as aves chegam para a gente no primeiro dia de vida com 40g e vão sair 90 dias depois com 3kg, 3,2kg”.
Jaynne Pereira (Estágio Supervisionado em Jornalismo)
Luiz Amaro (edição)
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