Qua, 01 de setembro de 2021, 13:17

Professor da UFS participa de estudos que fortalecem a rede de atenção à saúde para pacientes com covid-19
Objetivo é criar estratégias de ações interligadas entre os níveis de saúde dos pacientes com histórico de coronavírus

O professor de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Sergipe, Paulo Galvanini, a professora de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa, Letice Dalla, e Paulo Emílio, professor de Medicina, da mesma instituição desenvolvem pesquisas que visam avaliar longitudinalmente a efetividade da Rede de Atenção à Saúde (RAS) em pacientes com histórico de internação por covid-19.

De acordo com as pesquisas do professor Paulo Galvanini, “pessoas que ficavam internadas em Sergipe no ano passado ou que tinham complicações apresentavam idade média acima dos 60 anos ou casos de diabetes, hipertensão ou obesidade. Essas pessoas ficavam internadas em média 15 dias. Neste ano o perfil é outro, pessoas mais jovens, mas o aspecto de comorbidades ainda continua presente. Nos prontuários analisados, é observado que jovens faziam uso de alguns medicamentos, como oxandrolona, que pode ter relação com os estados mais graves da doença”.


Professor Paulo Galvanini é o representante da UFS no grupo de estudos. (foto: Arquivo pessoal)
Professor Paulo Galvanini é o representante da UFS no grupo de estudos. (foto: Arquivo pessoal)

O fortalecimento da RAS conduzirá a melhoria da comunicação entre os níveis de atenção, oportunizando a continuidade do cuidado e humanização com a criação de vínculos entre paciente, familiares e equipe de saúde. Os benefícios almejados pelo estudo irão fortalecer as políticas públicas de saúde que consequentemente contribuirão com a saúde da população.

Os professores destacaram ainda sobre a efetividade total da vacina e o quanto é importante destacar que a mesma atinge eficácia total após as duas doses e o período pós-vacina, evitando o desenvolvimento da forma grave, porém ainda existe o risco de se infectar com o coronavírus e de transmitir a outros indivíduos. Torna-se imprescindível, portanto, que aqueles que tomaram a vacina continuem adotando medidas de higiene, utilizando máscaras de forma adequada e praticando o distanciamento social quando possível.

Por fim, somente quando uma grande parcela da população for imunizada (em torno de pelo menos 70% da população) e os números da infecção e mortes foram decrescentes, indicando que a circulação do vírus diminuiu, é que será possível pensar em flexibilizar as regras de higiene, distanciamento e uso de máscaras como atualmente já vem acontecendo em alguns países com números da vacinação avançada.

O episódio no qual os professores discutiram as questões sobre covid-19 foi ao ar no podcast SE É Ciência.

Pâmela Stéfani - Podcast SE é Ciência


Atualizado em: Seg, 13 de setembro de 2021, 15:53
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