Espécies de diferentes famílias dispostas em espaço acessível para todos, inclusive portadores de necessidades especiais. Esse é o jardim sensorial desenvolvido pelos alunos de Ciências Biológicas, sob coordenação da professora Aline Oliveira.
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Criado em 2018, fica no Departamento de Biologia (DBI), campus de São Cristóvão. Pretende promover a interação entre os discentes e a comunidade externa através da natureza, além, claro, de desenvolver o estímulo sensorial.
Aline conta que o projeto surgiu a partir de seus estudos relacionados à educação ambiental: "pilar importante na formação humana, cidadã e consciente", diz.
“O jardim configura-se como um espaço de educação não formal onde os visitantes podem apreciar a natureza através dos sentidos, além de reviver memórias afetivas de algum período da vida ou criá-las a partir da experiência neste ambiente”, declara a professora.
“Trata-se de um local que objetiva proporcionar prazer, lazer, obter mais contato com a natureza, criar harmonia com o meio ambiente e possui, também, o objetivo de buscar contribuições teóricas acerca da temática morfologia das plantas”, complementa.
Conexão com a natureza
A estudante de Ciências Biológicas Adeliane Alves da Silva, do 9° período, conheceu o jardim ao iniciar no projeto de Elaboração de Material Lúdico para Alunos com Deficiência, em 2019.
“As sensações que experimentei ao trabalhar no jardim me promoveram bem-estar emocional (...), esse contato direto com a natureza. Enfim, os jardins têm funções variadas e ajudam a desenvolver os sentidos em pessoas com esses tipos de limitações”, afirma.
“Como aspirante a educadora, essa conexão com a natureza e a bagagem de conhecimento adquirida são uma contribuição muito valiosa em minha formação acadêmica. Acredito que todos em determinado momento temos que vivenciar essas sensações, seja em uma visita, seja para realizar uma aula em um ambiente de natureza, a céu aberto”.
Visitação suspensa
As visitações estão suspensas por conta da pandemia, e não há previsão para retorno já que as atividades envolvem sentidos como paladar e olfato.
Antes, a visitação ocorria de forma guiada e assessorada pela equipe do Laboratório Multiusuário para o Desenvolvimento Integrado de Dados e Tecnologias de Ensino (Didatec).
“Vamos esperar a volta dos alunos para planejar com eles uma visitação diferente sem trabalhar com olfato ou paladar, assim as pessoas se mantêm de máscara, seguindo as medidas de precaução contra a covid-19. Só depois que traçarmos este plano iremos reabrir para a visitação”, diz Aline.
Mais informações sobre o projeto podem ser obtidas através do e-mail didatec.ufs@gmail.com. Visite a página no Instagram @jardimsensorialufs.
Verônica Soares (bolsista)
Luiz Amaro (edição)
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