
Sob coordenação da professora Lígia Mara Dolce de Lemos, do Departamento de Enfermagem, campus de Aracaju, a Liga Acadêmica de Sexualidade e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Lasist) atua há 9 anos junto às comunidades universitária e externa.
Suas ações educativas de prevenção e controle às IST/HIV/Aids contam com 15 discentes do curso e da pós-graduação em Enfermagem, dois enfermeiros e dois docentes da área, além de parcerias com as secretarias estadual e municipal de Saúde de Aracaju.

Segundo Lígia Mara, antes da pandemia eram atingidas mais de 5 mil pessoas a cada semestre ao passo que hoje estipula-se que mais de 10 mil pessoas foram alcançadas ao ter como base os acessos remotos, aulas gravadas e congresso internacional.
Ainda segundo a professora, essa adaptação, no entanto, foi conturbada no início pela falta de experiência. “Mas com membros jovens e adaptados às redes sociais, conseguimos desenvolver um trabalho de qualidade e reconhecimento”, diz.

Dentre as ações já desenvolvidas pela liga, encontram-se discussões de temas éticos, sociopolíticos, científicos e culturais, a fim de aprofundar o conhecimento e contemplar assuntos que não fazem parte da grade curricular; acompanhamento de profissionais no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar); participação em ações do calendário dos programas estadual e municipal de IST/Aids; e formação de grupos multiprofissionais para atendimento no Hospital Universitário, principalmente na ala de infectologia.

Em datas comemorativas, o grupo também atua, como no Julho Amarelo (hepatites virais), dias internacionais da Mulher (março) e do Homem (novembro), Dia Mundial de Luta contra Aids (dezembro), sífilis congênita (outubro) etc. Em outras datas há comunicações sobre sexualidade e IST.
Experiência

Franciele Santana, presidente da Lasist e estudante do 9⁰ período de Enfermagem, conta que a liga proporciona experiências únicas. “Esses conhecimentos contribuem para a formação de profissionais conhecedores dos problemas de saúde pública do estado, através de atividades de ensino, pesquisa e extensão, a fim de melhor atender as necessidades de saúde da sociedade, além de agregar para a vida pessoal”, afirma.

Sua experiência em campo prático foi curta por conta da pandemia, mas ela conta que houve muitos momentos proveitosos, como a participação no XIII Congresso da Sociedade Brasileira de DST (SBDST), IX Congresso Brasileiro de AIDS e IV Congresso Latino American IST/HIV/Aids junto com outras ligas de IST do Brasil.

“Foi uma experiência incrível, porque foi a primeira vez que um congresso da SBDST abriu para acadêmicos falarem sobre as experiências desse tipo de projeto de extensão. A Lasist teve um espaço perfeito para divulgação das ações realizadas e como ela atua na informação, prevenção e controle das IST no nosso estado”, diz.

“Esse tempo na liga pude aprender muito mais sobre as IST, como as formas de transmissão, prevenção e tratamento, a trocar experiências com outros alunos, com profissionais e nossos colaboradores. A parte de estar à frente da presidência da liga também está sendo uma oportunidade de aprender ainda mais a trabalhar em equipe e lidar com as diferenças”, acrescenta a estudante.
Sobre a volta das atividades presenciais, a professora Lígia conta que aguarda os membros serem imunizados com as duas doses. “Acreditamos que até o final de agosto já iniciaremos as atividades presenciais em parceria com as disciplinas do Departamento de Enfermagem e as ações do estado, como as campanhas”, finaliza.
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Verônica Soares (bolsista)
Luiz Amaro (edição)
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