O Estatuto da Universidade Federal de Sergipe (UFS) determina que a escolha do reitor e do vice-reitor seja feita através de lista tríplice, de nomes eleitos pela maioria absoluta de um Colégio Eleitoral Especial, constituído da reunião dos conselhos superiores da instituição. O dirigente é então nomeado pelo Presidente da República, escolhido entre um dos nomes da lista.

Esse processo, no entanto, será feito de maneira mais democrática, por conta de uma nova regulamentação que está em andamento na universidade. Um Grupo de Trabalho (GT) elaborou uma proposta de regramento do processo de consulta à comunidade acadêmica para a escolha dos dirigentes, que será depois apresentada ao Conselho Universitário (Consu), responsável pela aprovação do texto final.

O mesmo procedimento é realizado para a definição dos diretores de centros e campi: listas tríplices são formadas pelos conselhos das unidades, dentre os quais o reitor nomeia o diretor. O novo regulamento também formalizará a consulta à comunidade do centro/campus para eleger a lista tríplice.

“É um documento extremamente importante, que vai fortalecer ainda mais o processo democrático. E, claro, ouvir a comunidade acadêmica vai referendar aquilo que a gente pensa enquanto construção da universidade. Então convidamos a comunidade para se mobilizar e participar ativamente da construção desse documento histórico”, afirma Marcelo Mendes, pró-reitor de extensão e coordenador do Grupo de Trabalho.

A participação da comunidade na construção da nova regulamentação se dará por meio de plenárias presenciais, a serem realizadas em todos os campi. No Campus de São Cristóvão, elas ocorrerão no dia 13 de julho, no Auditório da Didática 5, em dois momentos: às 9h, contemplando o CECH, CCET e CCAA; e às 15h contemplando CCBS e CCSA. Nos demais campi, a programação é a seguinte:

Campus Lagarto, 14/07, 9h;

Campus Aracaju, 19/07, 9h;

Campus Laranjeiras, 21/07, 9h;

Campus Itabaiana, 21/07, 15h;

Campus Sertão, 02/08, 15h.

Escolha democrática

Desde 1984, a comunidade acadêmica da UFS realizou consultas informais para a escolha dos dirigentes da instituição. Porém, o processo não tinha amparo na legislação da universidade. Com o novo regramento, alunos, professores e técnicos-administrativos poderão fazer valer sua escolha na definição das listas tríplices para a reitoria e vice-reitoria e para as direções de unidades acadêmicas, através da consulta direta em vez da atual escolha indireta, por meio do Colégio Eleitoral.

“A comunidade acadêmica sempre participou da escolha dos nossos dirigentes, seja através das consultas informais, seja através dos órgãos colegiados. Agora a gente vai estar, a partir desse documento, institucionalizando a participação coletiva de toda a comunidade na escolha formal dos nossos dirigentes”, define Marcelo Mendes.

As nomeações, por outro lado, continuarão a cargo do Presidente da República — para os cargos máximos da instituição — e do Reitor — para os diretores de centro/campi —, obedecendo à legislação federal.

A comunidade, inclusive, tem sua diversidade representada no Grupo de Trabalho responsável pelo novo regramento. Participam dele representantes dos campi, do corpo técnico e do corpo discente.

Ascom
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