Ter, 26 de março de 2019, 11:38

Diminuir o estresse? Projeto da UFS oferece técnicas para melhorar a qualidade de vida
Nas terças-feiras, servidores, terceirizados e comunidade acadêmica podem participar de práticas integrativas em saúde
Os setores da Reitoria recebem, todas as semanas, a visita da equipe para realizar ginástica laboral e outras práticas integrativas de saúde (Fotos: Paulo Marques/bolsista Ascom UFS)
Os setores da Reitoria recebem, todas as semanas, a visita da equipe para realizar ginástica laboral e outras práticas integrativas de saúde (Fotos: Paulo Marques/bolsista Ascom UFS)

“Aceita participar da ginástica laboral hoje?”. Quem é servidor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) conhece a frase do “Viver Zen”. A ação, realizada pela Associação dos Docentes (Adufs), com parceria do Departamento de Fisioterapia (DFT) e do Movimento Popular em Saúde (Mops), objetiva promover a qualidade de vida do servidor da UFS através de práticas integrativas em saúde.

Todas as terças-feiras, a partir das 14h, é oferecido gratuitamente aos servidores da instituição, no auditório da Adufs e nos setores da universidade do campus de São Cristóvão diversas técnicas. Dentre elas, estão: auriculoterapia, reiki, meditação, massoterapia e ginástica laboral.

O Viver Zen acontece num contexto em que o Brasil é reconhecido como o segundo país do mundo com o maior nível de estresse no ambiente de trabalho, de acordo com pesquisa da International Stress Management Association (Associação Internacional do Controle do Estresse). Além disso, foi identificado também que, a cada 10 indivíduos, três possuem a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional - um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema.

Desde 2016, o projeto busca promover a qualidade de vida do servidor da UFS. No entanto, a atividade ainda não conta com uma adesão significativa da comunidade acadêmica. Por isso, a coordenadora da atividade e professora do DFT, Maria Goretti, convida os funcionários da instituição para fazer parte da iniciativa. “Convido os professores da universidade para participarem do Programa de Promoção a Qualidade de Vida do Servidor. Esse programa foi desenvolvido pensando no professor para que ele possa receber desativação de pontos de tensão, massagem terapêutica, auriculoterapia, reike, meditação ou qualquer outra prática integrativa”, explica a professora.


Depois de diagnosticada com a Síndrome de Burnout, a professora Maria Goretti estimula a qualidade de vida no ambiente de trabalho (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Depois de diagnosticada com a Síndrome de Burnout, a professora Maria Goretti estimula a qualidade de vida no ambiente de trabalho (Foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

Conforme a docente, o número de pessoas afastadas do serviço público devido problemas em relação à saúde mental aumentou. “A Divisão de Assistência ao Servidor (Diase) possui levantamentos que mostram que os servidores da universidade se afastam mais por questões da saúde mental, Ler (Lesões por Esforços Repetitivos) e Dort (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) ”, relata a coordenadora.


Igor Fernandes é estudante do 2º período de Fisioterapia e entrou no projeto já no início da graduação
Igor Fernandes é estudante do 2º período de Fisioterapia e entrou no projeto já no início da graduação

O Viver Zen envolve estudantes do curso de Fisioterapia. De forma voluntária ou com o recebimento de bolsa, os discentes, já no primeiro período, são convidados a integrar o projeto. Igor Leonardo é um exemplo disso. O jovem, que faz parte da equipe, conta que viu no projeto uma forma de começar a atuar na área e, além disso, agregar conhecimento. “Sempre fiz massagem, desde pequeno. Brincava com a minha família e acabei me apaixonando pela Fisioterapia por causa disso. E quando eu vi a oportunidade de fazer massagem nos servidores da UFS, onde as pessoas têm bastante estresse, pensei que poderia ser um grande passo para o meu currículo”, conta.


Bolsista do projeto, Mylla Beatriz compõe a equipe do Viver Zen há dois anos
Bolsista do projeto, Mylla Beatriz compõe a equipe do Viver Zen há dois anos

Assim como Igor, a estudante Mylla Beatriz, bolsista da ação, relata suas experiências no Viver Zen. “Conheci o projeto quando fui para uma palestra no primeiro período e, através dela, a professora Goretti me convidou para conhecer o Viver Zen”, explica. Para ela, participar do projeto foi uma maneira que encontrou para ter o primeiro contato com pacientes. “Não tinha experiência nenhuma. O primeiro contato com os pacientes foi uma maneira de amadurecer isso. Quando, no quinto período, eu tive o primeiro contato real com os pacientes das disciplinas aplicadas, já tinha aquela facilidade”, expõe.


Estudante de Psicologia, Alexsandra Carvalho, participa das atividades promovidas pelo projeto
Estudante de Psicologia, Alexsandra Carvalho, participa das atividades promovidas pelo projeto

Mesmo a atividade sendo direcionada para os servidores, estudantes e funcionários terceirizados também são recebidos. A formanda em Psicologia, Alexsandra Carvalho, conta que sempre tira um tempo para participar das práticas integrativas. A estudante ainda identifica o potencial do projeto. “Acho a iniciativa fantástica. Ela serve para diminuir um pouco dos estresses de quem fica dentro da universidade. E as pessoas não conhecem muito essas práticas, mesmo sendo confirmado, a partir de estudos da Psicologia, que elas fazem efeito no somático [organismo]”, explica.


Auri Nunes, através da parceria do Mops, estimula a meditação como uma prática de melhora da qualidade de vida
Auri Nunes, através da parceria do Mops, estimula a meditação como uma prática de melhora da qualidade de vida

Redução de estresse e diminuição de ansiedade. Esses são os benefícios da meditação, segundo a terapeuta Auri Nunes. A especialista no assunto afirma que a prática é uma ótima oportunidade para cuidar da saúde mental. Auri faz parte do Mops, que contribui com o Viver Zen na oferta de consultas. “As práticas integrativas, hoje, são os melhores recursos, fora dos mais tradicionais, para cuidar da saúde”, conclui.

Ascom

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Atualizado em: Ter, 26 de março de 2019, 12:25
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